Projeto Social no Rio Grande do Sul segue exemplo do Circo da Alegria de Toledo para transformar a vida de crianças


Foto: Divulgação - Eliane Torres

“Não esperávamos que da tragédia que foi a enchente do Rio Grande do Sul surgisse um projeto social como este”, afirmou emocionado Alfredo Bermudez, do grupo Psicozone, de Porto Alegre-RS, ao lembrar das crianças que atendeu durante o período. Ele tem um centro de treinamento na capital do estado gaúcho e sempre quis fazer um trabalho social, aproveitando outras experiências pessoais, como foi nos três anos que morou na Favela do Vidigal, no Rio de Janeiro-RJ. “Eu sempre quis fazer este projeto, mas não sabia como”.

Foi na enchente que a ideia saiu do papel. Como vários outros estabelecimentos comerciais e residências gaúchos, o centro de treinamento que coordena ficou alagado. No local, junto com outros professores parceiros, ele ministra aulas de capoeira circense, dança, ginástica, parkur, parada de mão entre outras modalidades. Parte dos materiais foram suspensos, mas ninguém esperava que a chuva fosse tanta. A água chegou a 01,30 metro e o espaço ficou sem condições de usar por cerca de 30 dias. Com o CT fechado, os professores foram para os abrigos dar aulas voluntariamente para as crianças e ouviram deles que apesar de estarem fora de casa, dividindo o espaço com outras pessoas, muitos deles tinham condições melhores que na própria casa.

A participação dos pequenos nas atividades foi muito boa e reacendeu o desejo de atender crianças carentes ou de alguma forma atingidas pela enchente. A colega Dominique Martins abraçou a ideia e encaminhou o projeto ao Ministério da Cultura, que foi aprovado. Ele vai favorecer inicialmente cerca de 30 crianças por seis meses, em seis modalidades esportivas. Mal começaram as atividades e está sendo elaborado um novo projeto para dobrar o número de vagas e ampliar o prazo de funcionamento. Os professores vão receber recursos do projeto como pagamento pelas suas atividades e os alunos vão participar gratuitamente.

A intenção no futuro é aproveitar alunos com mais habilidade e interesse para atuarem como bolsistas, auxiliando o trabalho no Centro de Treinamento. O projeto de Toledo deverá servir de modelo para superar eventuais dificuldades que surgirem no caminho. “Conversei muito com a Paula (Bombonato, coordenadora pedagógica do Circo da Alegria) para tirar dúvidas de como melhor conduzir o projeto. Vamos aproveitar as experiências de quem já fez e tem resultados positivos”.

A edição de 2024 da XVIII Mostra de Circo e XI Festival Nacional de Circo de Toledo foi viabilizada através de edital de N° 012/2023, com recursos da Lei Complementar de N° 195/2022 - Lei Paulo Gustavo.

Receba Notícias no seu WhatsApp!
Participe do grupo do Toledo News
Últimas notícias