Toledo avança na gestão de resíduos com inauguração da nova célula do Aterro Sanitário


Foto: Divulgação

O maior investimento realizado nas últimas décadas pelo Município de Toledo em política de resíduos sólidos resultou na entrega do novo Aterro Sanitário Municipal. A nova célula entrou em funcionamento na manhã desta quinta-feira (04), quando o primeiro caminhão de lixo foi depositado no local. Este ato encerra um ciclo de mais de 20 anos de destinação e manejo de resíduos orgânicos no antigo espaço. 

Segundo o chefe do Instituto Água e Terra (IAT) de Toledo, Luiz Henrique Fiorucci, esta foi a gestão que mais investiu recursos para regularizar o aterro sanitário e Toledo, não por acaso, é destaque em relação a outros municípios do Paraná. “Aqui na nossa regional, Toledo tem, disparado, o melhor modelo. Se não for o melhor do estado, está entre os melhores”, salienta. 

Fiourucci reforçou que conseguir uma licença ambiental de operação é algo muito complexo e demorado. “Aqui foi um trabalho que começou em 2016, com a licença prévia do aterro. Desde 2022 a antiga célula já estava trabalhando num limite extrapolado, mas também dependia da conclusão das obras. Como a prefeitura conseguiu correr com os recursos para finalizar, hoje foi possível inaugurar a nova célula”, explica. 

O prefeito Beto Lunitti diz que foi necessário fazer um investimento de quase R$15 milhões para solucionar o problema de vida útil da antiga célula. “Esse início da operação da nova célula nos imputa novas responsabilidades em relação ao Aterro Sanitário Municipal, como a questão da produção de energia a partir dos gases gerados pelos resíduos, resultando em receitas para o município. Ou seja, os resíduos são um ativo importante. Contudo, é importante que a população compreenda como descartá-los corretamente, para que a vida útil da célula nova seja prolongada”, salienta. 

O vereador Leoclides Bisognin foi o primeiro secretário de Meio Ambiente de Toledo. Ele mencionou que em 1983, quando a pasta foi criada, a legislação da época era tão flexivel que permitia o descarte de todo o tipo de resíduo, sem nenhum critério. “As pessoas não têm ideia de como estavam as coisas por aqui e o quanto o município avançou desde lá”, frisa. 

O secretário do Meio Ambiente, Júnior Henrique Pinto, explica que a metodologia e tecnologia embarcada na construção do novo Aterro Sanitário é diferente da aplicada na estrutura anterior. “A nova célula conta com uma estação de tratamento de efluentes de última geração, substituindo o antigo método de lagoas e proporcionando um processamento mais eficiente do chorume. O complexo inclui lagos e dissipadores de águas pluviais, além de vias internas e externas iluminadas para garantir uma operação eficiente e segura”, detalha o secretário. “A nova célula representa um avanço significativo na gestão de resíduos sólidos de Toledo e, com o cumprimento de todas as etapas da célula, poderá estender a vida útil do aterro em até 27 anos”, acrescenta o secretário.

Projetada com duas camadas de utilização, a célula permitirá expansões laterais futuras, mantendo a mesma estação de tratamento. O complexo ocupa uma área de 12.199 metros quadrados e tem capacidade para receber, em média, 100 toneladas de lixo por dia. Localizado na rodovia PR 317, que liga Toledo a Ouro Verde do Oeste, o aterro recebeu a licença de operação da primeira etapa do IAT na segunda quinzena de junho.

O vice-prefeito Ademar Dorfschmidt dimensionou o investimento realizado e disse que seria possível construir aproximadamente 140 casas populares com os recursos utilizados na obra. “O meio ambiente hoje nos oportuniza viver e esse era um investimento necessário a ser feito”, comenta.  “Não fosse o início da operação desta nova célula, o município teria que arcar com o ônus de pagar para dispor do seu lixo em uma outra cidade, com o incômodo, o custo e a complexidade que esse tipo de operação acarretaria”, observa. 

A inauguração desta nova célula foi acompanhada por diversas autoridades. Entre elas, representantes do Governo do Estado, da Casa Civil, da Câmara de Vereadores, de diversas secretarias municipais, órgãos de fiscalização ambiental, do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA), veículos da imprensa local e regional e vários servidores públicos. 

O presidente do Conselho do Meio Ambiente, Thiago Bana Schuba, destacou o acompanhamento e a fiscalização realizados pelo órgão para que tudo fosse realizado com padrões de segurança e qualidade. “Gambiarra não serve no serviço público. Então, todos os ajustes técnicos necessários foram realizados para a conclusão dessa obra”, assegura Schuba, ao comemorar o momento que ficará marcado para a história ambiental de Toledo.

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