Naca recebe projeto de Educação Alimentar e Nutricional


Foto: Divulgação

A última sexta-feira (03) foi a vez de crianças e adolescentes que participam dos projetos do Núcleo de Atendimento à Criança e Adolescente de Toledo (NACA) receberem a oficina de Culinária. Este já é o terceiro encontro promovido pelas nutricionistas Vanesa Gesser Correa e Tiely Pedroso do Setor de Educação Alimentar e Nutricional da Cozinha Social. Além de despertar o interesse e conhecimento por outros nutrientes, hoje, os jovens aprenderam a fazer uma torta salgada. 

O projeto é desenvolvido em escolas, grupos de idosos, com o Pró-Jovem, nos centros de referência e assistência social, com grupos de gestantes, entre outros. “A ideia é fazer com que o público que nós atendemos tenha a capacidade de, sozinho, ter boas escolhas alimentares. Nos restaurantes populares encontramos as pessoas uma vez ao dia, no almoço. Mas e as outras refeições? Será que eles vão fazer boas escolhas? Será que eles têm autonomia e conhecimento para fazer boas escolhas? Nós garantimos que a Cozinha Social fornece uma alimentação saudável, mas existem várias outras durante o dia. Então, o objetivo é levar conhecimento e promover essas práticas autônomas de alimentação saudável”, explica a nutricionista Vanesa Gesser. 

Oficina de Culinária - o trabalho desenvolvido no NACA, procura levar conhecimento aos jovens de forma prática, sempre trabalhando a educação alimentar e nutricional . No primeiro encontro da Oficina de Culinária foram apresentadas as noções de higiene com alimentos, noções de manipulação, higiene do manipulador e preparo de sucos. Eles aprenderam como é possível utilizar diferentes frutas e até mesmo legumes para fazer sucos mais nutritivos. 

No segundo encontro, as nutricionistas fizeram um “sanduíche divertido” com as crianças. “A ideia foi passar para os alunos que aquele pão, presunto e queijo ou pão e margarina pode ser incrementado com muitos outros ingredientes. Levamos legumes, outros temperos que eles poderiam inserir e fizemos uma decoração com carinhas, buscando também, além do conhecimento, essa afetividade. Fazer com que as crianças entendam que é importante cozinhar e produzir o seu próprio alimento”, relatou Vanesa. 

O encontro de sexta-feira era aguardado com muita empolgação pelos alunos. Legumes e verduras também foram utilizados no preparo da torta. O objetivo era mostrar que é possível inserir várias cores e muitos sabores no preparo do alimento, sem aquela repetição dos mesmos ingredientes. O Ministério da Saúde tem uma preocupação com a alimentação saudável e incentiva o preparo caseiro do alimento.

“Nessa correria do dia a dia, as pessoas estão deixando de produzir o seu próprio alimento e buscando o alimento pronto, que por vezes pode até ser saudável, mas grande parte das vezes não é. Quando optamos por um delivery ou buscando um fast food, acabamos encontrando alimentos com muita gordura e com muito sal. Acabamos deixando a magia de produzir o próprio alimento, toda aquela questão de gostar de cozinhar junto com amigos ou família. Na oficina tentamos resgatar um pouco disso”, complementa Vanesa. 

A coordenadora do NACA, Salete de Almeida, garante que esses momentos com as nutricionistas da Cozinha Social mudaram o hábito do público atendido na instituição. “Com as oficinas, eles estão despertando um novo paladar, novos hábitos alimentares que estão fazendo muito bem. Mesmo sendo ainda a terceira oficina, já percebemos essa mudança com os alimentos servidos na hora do lanche e com o relato do comportamento em casa. Uma das crianças não comia nenhum tipo de legume, agora já está comendo cenoura e brócolis”, exemplifica. 

Rafaella Alana Coelho Mafort (09) acompanhou todas as aulas e garante que mudou seus hábitos. “Eu fazia sanduíche só com presunto e queijo, hoje faço com todos os legumes que aprendi aqui, fica muito bom, eu amei. Também aprendi a fazer sucos com várias frutas”, conta a jovem. Questionada porque não comia esses alimentos antes, respondeu que “achava que tinha gosto ruim, mas nunca tinha provado, quando provei eu gostei”. 

Exemplos como e de Rafaella são muito comuns, inclusive com adultos e idosos. A resistência, muitas vezes, está na ideia de uma possível frustração.

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